A proclamação da República, em 1889, trouxe grandes transformações políticas e sociais ao Brasil. No entanto, nem todos os setores da sociedade brasileira receberam essa mudança com entusiasmo. Os sertanejos, em particular, foram um grupo que se mostrou bastante crítico à República. Neste artigo, iremos abordar três das principais críticas apresentadas pelos sertanejos à República.
A ausência de representatividade política
Uma das principais críticas dos sertanejos à República foi a falta de representatividade política. Os sertanejos, em geral, eram mal representados nos órgãos políticos da época, o que gerava um sentimento de exclusão e marginalização. Isso ocorria porque a elite brasileira, que dominava a política na época, não se importava com os interesses dos sertanejos e não os considerava capazes de participar do processo político.
A centralização do poder
Outra crítica apresentada pelos sertanejos à República foi a centralização do poder. Com a proclamação da República, o país passou por um processo de centralização política, o que significava que o poder ficava concentrado nas mãos de poucos governantes, muitos dos quais não tinham qualquer conexão com o interior do país. Isso gerou um grande desequilíbrio na distribuição de recursos e investimentos, o que afetou diretamente a qualidade de vida dos sertanejos.
A falta de infraestrutura
Por fim, os sertanejos também criticavam a falta de infraestrutura nas regiões rurais do país. Com a República, houve um grande investimento na modernização do país, mas essa modernização se concentrou nas áreas urbanas, deixando as regiões rurais praticamente abandonadas. Isso prejudicou a agricultura e a pecuária, que eram as principais atividades econômicas dos sertanejos, e gerou um grande desequilíbrio regional.
Em resumo, os sertanejos foram um grupo bastante crítico à República. Eles viam na nova forma de governo uma continuidade do sistema político anterior, que os marginalizava e os deixava de fora do processo político. As críticas à falta de representatividade política, à centralização do poder e à falta de infraestrutura foram algumas das principais questões levantadas pelos sertanejos, que lutaram por mudanças e por uma maior inclusão na vida política e social do país.